FELICIDADE

FELICIDADE

Onde esta a felicidade?


O que é a felicidade?
É a espera de um grande amor?
É a espectativa de um ótimo dia?
É a esperança de uma vida melhor?
É acordar e ver que não está chovendo?
Ver que o dia frio já passou?

Acredito que não.

A felicidade é o momento onde nos encontramos, a companhia de um amigo, o seu colega de trabalho ao seu lado, um céu estrelado, um dia com um sol brilhante ou até mesmo a chuva batendo na janela e um vento frio percorrendo sua pele.

A felicidade é o seu dia de trabalho, o levantar cedo da cama, ou poder dormir até tarde. Mas você pode achar tudo isso muito enfadonho. Mas mesmo assim quer encontrar a felicidade, mas só vamos encontrar a felicidade quando percebemos que ela se encontra dentro de nós.

A felicidade não está em algo, aí do lado, perceba que quando você se sente feliz... de onde que brota a felicidade? A felicidade é um sentimento, algo que você sente, então... ELA BROTA DE DENTRO DE VOCÊ.

Perceba, faça um teste com você mesmo, abra um sorriso em seu rosto, não um sorriso falso, mas um sorriso simples e você perceberá uma pequena mudança dentro de você, uma sensação melhor... e de onde ela veio? De dentro de você. Faça o contrário também, franza suas sombrancelhas e feche a cara como se estivesse bravo com algo, você perceberá que cresce dentro de você um outro tipo de sentimento, algo mais escuro, mais fechado, mais triste.

Agora é com você, quer ser feliz, procure a felicidade dentro de você, contagie as pessoas ao seu redor, com um sorriso, um bom dia, um aperto de mão caloroso ou até mesmo um inesperado Oi com um sorriso aberto.

Podemos ter problemas que querem ir contra a nossa felicidade, mas o melhor remédio de todos é o tempo... então deixe o tempo agir nos problemas e atue na sua felicidade, não deixe sentimentos ruins crescerem dentro de você.

Seu coração é a terra, várias sementes são plantadas, mas você escolhe o que podar.

Se a felicidade é um vício como encará-la?


Sempre quando acordamos, iniciamos, após pôr fim, novos questionamentos e, ou continuamos ou afamamos, por outros objetivos; mas estes, sempre serão outros, nunca os antes de acordarmos. Algo em comum entre estes objetivos: é que não importa a conclusão de questionamentos do dia anterior, um objetivo sempre se renova: a busca pela felicidade. O que denota a felicidade como um vício, é esta ser uma subjetividade que se torna uma objetividade protagonista, o que era pra ser uma conseqüência de agir, acaba por determinando nosso agir para termo-la em conseqüência.

Até por determinação moral, consideramos um vício como algo depreciativo, prejudicial, planejando, pois, extingui-lo, muitas vezes precisamos de um terceiro, algo ou alguém que lhe apresente soluções para exterminar o que o prejudica. Mas, deveríamos então: tentar extinguir a felicidade? Tentarei defender uma síntese menos drástica para não comprometer valores morais e quotidianos ou comprometer um nobre sentimento.

Creio que obter felicidade é uma conseqüência de ações que tornam os outros felizes, presenciando, num mutualismo natural e reflexivo, a felicidade. Como a descrevi como um sentimento, exemplificarei com um dos cinco principais sentidos: Seria como enxergar os olhos de alguém, num mutualismo natural e reflexivo os dois têm de sentirem-se olhados para olhar, a conseqüência de olhar nos olhos de alguém é ser olhado por ela; Para ter a felicidade devemos felicitar alguém para assim sermos felicitados por ela, os dois devem sentirem-se felicitados para sentir a felicidade, (você não objetiva a felicidade) o subjetivo é uma conseqüência da ação, assim como enxergar é uma conseqüência de ver.

Tornar alguém feliz não é uma tarefa fácil, até porque já defendi e muito a felicidade egocêntrica, mas esta não vejo como tão depreciativa, afinal, não a encaro como um vício e sim como conseqüência de ações bem sucedidas por ti o agente para com o outro. Para livrarmo-nos da felicidade viciante temos de também felicitar e não deveríamos a ter como egocentrismo, pois o egocêntrico a extingue de si mesmo, ele não procura felicitar os outros assim como não procura a sua felicidade, apenas faz aquilo que ele acha certo e não necessariamente o que é justo, ele está em constante luta por justiça que poderá também ser outro vício, vício este que provoca ações viciadas como violência, que encarei como um vício de vivencia em outra redação, continuando, ele faz o que acha certo e só então quando alguém o contesta de sua certeza e ele consegue argumentar e persuadir sintetizando como justa a sua ação só assim tem a felicidade egocêntrica, portanto ele busca agir para sintetizar a justiça, intromete-se no que acha injusto para sintetizar seu antagonismo e como conseqüência ter felicidade. Certo, pois bem, como o motivo desta redação é a felicidade como um vício e não a justiça e também não filosofarei qual vício seria o pior, devemos agir em prol da felicidade alheia ocultando outro vicio, o da justiça.

Não é fácil, pois envolve emoções, estas que eu não consigo controlar ainda, mas é uma solução; solução de um terceiro, como eu sou o seu terceiro acabo por não me ter como o meu terceiro, ficando eu, assim, sem solução. Talvez esta seja a explicação por não ser fácil para mim, sendo assim impossível. E também descartando, pois, a problemática, inconclusiva e que me confunde, das emoções.

Felicidade

 

 
Qual é o objetivo fundamental da vida? Acredito que frente a esta pergunta as pessoas responderiam, em sua maioria, que é ser Feliz.
 
Mas se o questionamento continuar e lhes for perguntado o que é essa tal de felicidade, tão almejada, as respostas seriam variadas.
 
Também um número bem grande de pessoas não seria capaz de definir se é feliz ou não.
 
Os cientistas em suas experiências muitas vezes inexplicáveis para os leigos garantem que a maioria da população mundial sente um nível aceitável de felicidade – ou seja, na maior parte do tempo somos mais felizes do que infelizes.
 
Dinheiro está no ápice da coluna que marca os altos níveis de felicidade – ter dinheiro é ser feliz, garantem muitas pessoas, principalmente as que lutam com a falta dele.
 
É claro que também penso que o dinheiro é importante para ajudar na felicidade. É muito difícil estar feliz estando ao mesmo tempo com frio e fome. Mas, se assim fosse não veríamos ricos infelizes. Nessa última semana tive uma prova disso – soube de um homem relativamente jovem, bonito, bem casado, bem amado, saudável e muito rico que se suicidou. E buscou a morte de forma inquestionável, enforcando-se e atirando em si mesmo simultâneamente.
 
Outras situações também são colocadas quando perguntam: o que lhe faria mais feliz? E assim vamos encontrar respostas como a fama, o poder, o prestígio pessoal, o sexo, os amigos, o casamento, a família e outros menos votados. Mas eu tenho certeza de que nenhum desses elementos sozinhos traria a felicidade para alguém.  Por que? Porque tudo é passageiro, transitório... Se alcançamos a fama e não sabemos lidar com ela, logo nos afundamos na mais completa infelicidade e isso só para falar do primeiro item citado como motivo para ser feliz. Qualquer um desses itens que podem nos fazer felizes podem ao mesmo tempo nos fazer tremendamente infelizes.
 
Penso, embora não saiba explicar didaticamente, que ser feliz é uma escolha. Tem gente que escolhe ser feliz, tem gente que escolhe não ser, mesmo que esta escolha não seja consciente.
 
Se a ciência não conseguiu definir o que realmente é a Felicidade, nem a Filosofia ou a Religião também o conseguiram. Muitas teorias podem ser encontradas tanto em livros como mais facilmente agora, na busca através de São Google.
 
Dentro do meu conceito, que também não consigo enquadrar em palavras, o que mais nos torna infelizes é o medo da morte, a ignorância frente ao que virá depois, a incerteza sobre o que é verdadeiro ou não. Talvez por isso as pessoas tentem se enganar seguindo credos em que no fundo não acreditam, mas só para se garantir. E sendo assim é preciso tratar a morte como uma realidade que vai nos atingir mais cedo ou mais tarde e contra a qual nada podemos fazer. Por isso tratar a morte como algo real e natural seria o primeiro passo a ser tomado por aqueles que escolhem ser felizes. Sabendo disso verdadeiramente talvez possamos dar maior valor ao que estamos vivendo agora e tirar dele o maior proveito, mesmo não tendo muito dinheiro, nem fama, nem poder, nem amor, porque teremos certeza de que essas situações são passageiras, só a morte não é passageira.
 
Um caminho para ser feliz também é, no meu entendimento, o auto conhecimento, mesmo que ele nunca seja alcançado em sua totalidade. Ao nos conhecermos melhor estaremos mais aptos para saber o que realmente precisamos para ser feliz e tocar a vida de acordo.
 
Outro ponto que acho interessante é não colocar no outro a responsabilidade por nossa felicidade. Só eu devo ser responsável por ela, nem pais, nem filhos, nem amores ou amigos. Eu. Devo buscá-la só no que depende de mim, não no que depende do outro. Porque isso é sábio.
 
Ser feliz é seguir os caminhos que a vida nos apresenta tirando dele aquilo que for melhor para nós. Não é ser Pollyana que só consegue ver o lado bom, mas não é também  ser egoísta, porque o retorno do egoísmo é a infelicidade.
 
A morte de pessoas amadas, rompimentos amorosos, baques financeiros, perda de prestígio pessoal e de amigos, todas estas situações certamente nos fazem sofrer e ser infelizes. Mas aquele que escolheu ser feliz, será infeliz por um tempo menor, porque logo será capaz de encontrar o equilíbrio. E saudade não é sinônimo de infelicidade, mas sim de ausência de algo que nos fazia bem.
 
Schopenhauer dizia que a vida oscila como um pêndulo, da direita para a esquerda, do sofrimento ao tédio. Penso que esse deve ser o pensamento daqueles que escolheram ser infelizes. Essas pessoas lutam para ter algo e quando o conseguem não lhes dão nenhum valor estão sempre querendo mais. Não acho que isso seja sábio, prefiro a vida, a esperar a vida acontecer. Quem tem essa idéia também é Comte –Sponville. Foi com ele que aprendi a gostar do que tenho em vez de gostar do que ainda não tenho e posso nunca vir a ter.  Para mim mais importante do que ser feliz é estar viva agora.



Felicidade Espiritual e
FELICIDADE TRANQUILA
até a nossa senilidade.


Em momentos de  reverência religiosa muitas pessoas encontram indescritível felicidade espiritual.

Este contentamento desta felicidade tranquila é fruto  no fervor de uma religiosidade apaixonada em ensinamentos e crenças de intensa adoração.

O inglês Desmond Morris explica que milhões de peregrinos muçulmanos chegam a Meca e  grandes multidões chegam a Lourdes e muitos peregrinos experimentam sensações de êxtase religioso. Afirma ainda que o elemento chave para esta felicidade é uma fé total, cega, nos princípios de uma religião particular.

Se houvesse uma discussão razoável, um debate científico, um pensamento analítico ou ainda o bom senso diário neste enredo, tudo estaria perdido e seria modificado.

Mas todos sentem esta felicidade sagrada e espiritual.

Seria , talvez, a segurança perdida na infância, quando a criança sente o abraço amoroso e carinhoso de uma figura superior que poderá ser chamada de PAI ou de MÃE, e acredita serem protetores e "todos-poderosos."

Este sentimento todos nós sentimos e desejaríamos que acontecesse conosco, constantemente.

Mesmo ao atingirmos a maturidade, gostaríamos de encontrar pais simbólicos,  protetores e que tivessem poderes ilimitados.

Muitas culturas antigas celebravam a Mãe Terra, a Mãe Deusa e em determinada época
houve a troca de sexo desta divindade e agora, muitos humanos, cultivam o DEUS PAI.

Os pais humanos poderão ter deslizes  nos pedidos de seus filhos, mas o PAI ou a
MÃE sagrados estão ausentes em matéria e suas mensagens e ensinamentos são passados para seus possíveis "filhos"  por astutos e espertos intermediários que ao organizarem cerimônias especiais  celebram pela paixão e fé compartilhadas uma devoção divina resultando uma FELICIDADE TRANQUILA.

Afirma Desmond Morris que estas sensaçõs destas crianças pseudo-adultas são reais e que isto faz parte da neotenia que é um processo no qual um animal atinge status adulto enquanto retém qualidades juvenis.

Por isto chegamos a conclusão que todos nós somos  "FILHOS DE DEUS" nesta cultura
de poder masculino ou 'FILHOS DE DEUSA"  em culturas antigas, mesmo quando passamos dos 60 anos de existência e atigirmos a senilidade.
                                                                                                                                                                                                                                                                             

ENSAIO SOBRE A FELICIDADE       

                                                                                                                    

  A felicidade não está nas coisas, mas dentro de você. Vemos exemplo disso a todo instante. Quantos filhos de milionários não estão levando uma vida tortuosa enquanto suas empregadas domésticas são tranqüilas e corretas? Não, este não é um estereótipo que adotei. Toda regra tem exceção, é claro.  Mas, sendo uma regra, deve ter fundamentos sólidos que a sustentem.

Se a felicidade está dentro de você, então, ela é uma questão de vontade. Sendo questão de vontade, a origem da felicidade está na moral. Não estou falando aqui de um certo tipo de felicidade como aquela que se diz “a felicidade de ter um carro novo”. Não, digo daquela em que você não teme nada, nem a noite, nem o espelho, e nem Deus. E não teme porque você tem certeza que está correto em tudo o que você faz.

Para isto não é preciso ter dinheiro, ter religião e nem amigos. Todos estes podem ser uma fonte infinita de infelicidade. O dinheiro pode ser utilizado para comprar cocaína. A religião pode lhe colocar em um estado de sujeição tal que as mínimas falhas que você cometer farão com que se sinta miserável. E seus amigos podem ser amigos de infelicidade, como estes skinheads paulistas, que se juntam para sair à rua espancar pessoas que sejam diferentes.

A felicidade é uma questão da moral. Ou seja, é uma conseqüência do cultivo de determinadas qualidades pessoais, que chamamos de virtudes. Assim, todo homem virtuoso é feliz, assim como homem não-virtuoso é infeliz. E a virtude depende apenas da vontade. Vontade de ser virtuoso. Então qualquer um pode começar a ser feliz, em qualquer fase da vida? É. Pode-se começar a ser feliz estando à beira da morte. Pode-se ser feliz levando uma vida cheia de dores, assim como pode-se ser extremamente infeliz com o corpo mais saudável do mundo.

E o que são virtudes? Bom, estou preparando um trabalhinho a ser apresentado aqui na semana que vem, mas devo adiantar que virtude é tudo aquilo que dá poder ao ser humano. Andre Comte- Sponville enumera dezoito: a polidez, a fidelidade, a prudência, a temperança, a coragem, a justiça, a generosidade, a gratidão, a humildade, a simplicidade, a tolerância, a pureza, a boa-fé, o humor e o amor. O próprio filósofo reconheceu que chegou a estas através de uma análise das diversas características de um homem bom, juntando algumas que lhe pareceram muito próximas.

Observe que não utilizo o termo homem “bom” no sentido que usualmente lhe dão, como o coitadinho que deixa que tripudiem dele. Neste falta alguma virtude, como a coragem, por exemplo. O termo “bom” é o do homem que vive bem consigo mesmo e com o restante da sociedade. Aliás, uma sociedade ideal seria composta apenas de homens bons, e a virtude deixaria de ter razão de existir. A necessidade de virtude decorre exatamente por vivermos em uma sociedade de homens imperfeitos.

Sim, porque o ser humano, como a criatura que está na dominância entre todas as criaturas do mundo, deveria ser o mais feliz. Quem é mais feliz que um leão na savana? E do que um tubarão no mar? A única coisa que um homem teme é exatamente o outro. A origem de toda a infelicidade está no egoísmo, que leva à cobiça, que leva à injustiça, que vai levando a todos os outros vícios.

É certo que houve época em que os meios para a sobrevivência eram tão escassos que não havia espaço para outra forma de agir que não esta. Mas eram tempos de baixíssimo grau de consciência. Então não se perguntava pela felicidade. A felicidade do guerreiro era o domínio e a carnificina e a sua infelicidade era a escravidão. A questão da felicidade é coisa tardia na humanidade. Somente começou na era helenista, depois das conquistas de Alexandre.

Mas hoje vivemos em estado de abundância, completamente diferente. Mesmo quem ganha um salário mínimo tem um padrão de vida superior um monarca lá dos primórdios da história. Está com fome? Faça um macarrão. Está com sede? Que bom que você tem água potável jorrando da torneira. Não estou querendo dizer que em situações-limite a virtude não esteja presente. Por exemplo, você pode ser um homem virtuoso em campo de concentração ou em uma comunidade isolada das demais por uma catástrofe, por exemplo.

Depois que a questão da felicidade entrou para a história humana, não pode mais ser ignorada, em nenhuma situação.  Especialmente depois que descobrimos que é melhor viver em uma democracia, onde todos têm direitos iguais, ao menos formalmente. Então, a necessidade de virtude, mais do que nunca, se faz presente. E como se chega à virtude? Pela vontade própria e também através de terceiros, pela educação.

Grande parte da infelicidade existente no mundo é culpa dos pais que não ensinaram seus filhos a serem virtuosos, a cultivarem, em primeiro lugar, as boas maneiras, depois o cumprimento fiel da palavra,  a serem prudentes, e por aí vai. Claro que depois eles podem aprender isto sozinhos, porém, à custa de muito sofrimento e humilhação. Ó pais, sejam virtuosos e eduquem seus filhos. Se não querem ter trabalho, então não queiram ser pais. Esta será uma função muito elevada para vocês.

Todas as virtudes devem ser cultivadas. Nenhuma delas deve faltar. Faltando uma, você deixa de ser virtuoso. É certo que algumas parecem absolutas, como a justiça, mas esta não existe sem prudência, por exemplo. Ou o amor, a mais elevada das virtudes. Mas o amor, amor de verdade, é a coisa mais rara de todas. Não nasce por si só. Deve-se ao menos se esforçar para amar. E como se faz isto? Cultivando as demais virtudes: sendo misericordioso, generoso, tolerante, simples, etc. Neste esforço se chegará um dia, a amar de verdade. E nada torna mais feliz em coração do que o amor.
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  

  Dinheiro não traz felicidade? 

 

             Existem frases que as pessoas vivem repetindo por aí, como papagaios.
            É só espirrar e lá vem :
           - Deus te crie
           Substituindo o :- Saúde, de áureos tempos.
           É o assunto derivar para criação dos filhos e alguém tasca sem dó nem piedade:
           - É de pequenino que se torce o pepino!
           Falemos sério: dá nojo ou não dá?
           E as famosas aspas com os dedos? Tem como não se irritar com uma babaquice dessas?
           Uma frase porém bate todos os recordes de ininteligência, irritação, nojo e todos os adjetivos possíveis e imagináveis. Duviodó que qualquer leitor ou leitora não a tenha ouvido uma vez que seja na vida. E quase sempre dita com ar circunspecto, num arremedo de sábio chinês misturado com monge tibetano, com uma leve pitada de paulocoelhice.
           Creio que já advinharam.
           A famigerada:
           - Dinheiro não traz felicidade!
           Eu juro! Se descobrisse quem teve a infeliz idéia de cunhar tal besteira, seria capaz de ir até onde mora só para cuspir no sapato de couro italiano, riscar a pintura da Ferrari  oulimpar ranho no terno Armani.
            Bem, vocês poderiam perguntar como sei que tal pessoa tem sapato italiano ou terno Armani? Simples: apenas um muito rico formularia tal impropério. Pobre, no máximo diz pobrema, ou garante que fez um elétrico na cabeça porque tem flocos. E toma Gardenal o resto da vida.
            Dêem uma olhadela nas frases da Veja ou Época. Encontrem uma frase, uma só, que não seja de pessoa bem aquinhoada na vida e dou de presente minha ML 81 na hora. Se preferir , meu fusquinha 66.
            E tem alguns filósofos de plantão que acrescentam , para dar maior ênfase:
            - Melhor ser pobre com saúde que rico doente!
            Engraçado, quem disse que quando a pessoa enrica, a doença vem junto com o dinheiro? Porque não se pode ser milionário e saudável ao mesmo tempo? Existe uma regra que impeça essa combinação?
            Vejamos: o rico alimenta-se melhor, veste-se melhor, cuida-se melhor. Automaticamente terá saúde melhor. Mas os frasistas insistem em mostrar um sujeito que tem muita grana mas tem uma doença incurável; a socialite que é depressiva; o filho do industrial que se droga, etc, etc. E se esquecem dos tuberculosos que moram debaixo da ponte; do filho do operário, que tem câncer; da esposa que não pode gerar filhos e não tem dinheiro para uma inseminação artificial.
             Tenho a impressão que lêem a frase dessa maneira:
             - Dinheiro traz infelicidade!
             E invariavelmente citam a fábula do Rei que procurava um homem feliz para vestir sua camisa e quando o encontra, o sujeito é tão pobre que nem camisa tem. Ué! Se o Rei queria porque queria ser feliz, trocasse o reino pela camisa do cara e tudo bem. Mas, me digam: ele fez isso? Que nada! Largou o miserável ali no relento e se mandou para o seu castelinho. A história não conta, mas com certeza, o Rei deu uma festa naquela noite e todo mundo morreu de rir com a porralouquice do descamisado.
              Numa coisa eu concordo com a frase: dinheiro não é sinônimo de felicidade. Só o fato de possui-lo não garante que você será feliz. Agora, com muita grana na mão, será muito mais maneiro e fácil encontrar a dita cuja. Ou comprá-la, se for preciso.
              É por isso que admiro o Barão de Itararé, que disse um dia:
              - Dinheiro não traz felicidade, é verdade, mas é melhor chorar dentro de um cadilac que andar rindo a pé!
              Eu sei que muitos que lerem esse ensaio vão cair de pau em mim. Vão dizer que sou mercantilista. Que sou materialista. E todos os istas que encontrarem, irão usar contra minha pessoa.
              A eles, uma sugestão:
              - Se acham realmente que estou errado e querem ser felizes a qualquer custo, é fácil! Podem mandar seu rico dinheirinho para mim e serem felizes o resto de suas vidas.
              E não se preocupem com minha infelicidade. Eu dou um jeito!